quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Onde comer em Natal

As praias do nordeste são um convite ao relaxamento, contato com a natureza, águas mornas e céu azul. Um convite válido para o ano todo, mas que com certeza atinge seu auge nos meses de verão.

Como muitas pessoas já estão organizando as viagens de final de ano e férias, vou deixar aqui duas sugestões deliciosas de onde fazer uma ótima refeição em terras potiguares.

Há cerca de dois anos fomos passar uma semana entre Natal e Pipa, e antes de viajar busquei indicações de uma pessoa que mora lá e uma das dicas que pude comprovar na prática é o restaurante Camarões.


Começo dizendo que das quatro noites que passamos na cidade, três delas fomos jantar nesse restaurante. A comida é maravilhosa, e como o nome indica, toda baseada nos camarões, que são criados na cidade. O ambiente tem uma decoração bem regional, uma mistura de rústico-chique que é frequentada realmente pelos moradores da cidade, não apenas pelos turistas. 


As porções são super bem servidas e você consegue dividir um prato numa boa. Agora o mais surpreendente: os preços são muito amigos, sobretudo quando levamos em consideração a qualidade da comida e a apresentação do lugar. Fomos na unidade Camarões Potiguar, mas existem outras três na cidade.



Ainda como sugestão da mesma pessoa fomos ao restaurante Tábua de Carne. Bom, se no Camarões as porções eram muito bem servidas aqui deveriam servir meia porção... É sério, o cardápio indica que o prato serve cerca de 3 pessoas, mas acredito que 4 pessoas comeriam numa boa aquela porção imensa de carne e seus acompanhamentos tipicamente nordestinos, como feijão verde, arroz de leite, macaxeira....demais.



Aqui o ambiente não é sofisticado, o salão é amplo, simples, mas muito agradável. E o serviço e a comida são excelentes. Fomos na unidade da Via Costeira, que tem uma vista muito bonita do mar. 





Tábua de Carne - http://tabuadecarne.com.br/restaurante/unidades/via-costeira/

Camarões Restaurante - http://www.camaroes.com.br/restaurante.php


Essas são as minhas recomendações. Se você já viajou para Natal e foi num restaurante bacana, indique aqui nos comentários.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

#TÁ NA LISTA - Innsbruck



Innsbruck é uma cidadezinha fofolinda que fica no oeste da Áustria e é a capital do Tyrol. Eu a “descobri” sem querer, lendo blogs de viagem e fiquei simplesmente encantada, entrou para a lista de desejos na hora. Aliás, muitas cidades da Áustria entraram na gigantesca lista de cidades a serem conhecidas nas próximas viagens. Que pais maravilhoso. Mas vamos a Innsbruck.



O nome da cidade vem da junção do termo em alemão “brucke”, que significa “ponte”, e “Inn”, nome do rio que divide a cidade. Daí o nome: Innsbruck ou “Ponte sobre o rio Inn”.



Além de passear pela cidade, que por si só já é um charme, é possível ainda subir a montanha e apreciar a neve. A cidade é conhecida também por sediar os jogos de inverno. 




Bem, sou suspeita porque eu quero conhecer todos os lugares do mundo, mas essa cidade linda entraria numa listinha resumida, tipo Top 10. Como eu disse antes, na Áustria existem muitas cidades maravilhosas, ricas em belezas naturais e história, mas Innsbruck pode ser combinada também com uma viagem pela Alemanha, que é bem perto.



E ai, vai colocar Innsbruck na sua lista? Já foi pra lá? Conta pra gente o que achou.


**Crédito das imagens www.innsbruck.info

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Roteiro 14 dias no Chile - parte 2

A segunda parte desse roteiro incrível que a Lia Klimas disponibilizou pra gente. Aproveitem!


Frutillar


21/07 dom – Pegamos um ônibus coletivo para Frutillar, linda cidade colonizada por alemães, vale muito a pena conhecer (se eu soubesse, teria me hospedado lá!). Fica as margens do Lago Llanquehue, tem um teatro em cima do lago, o Teatro Del Lago, todo em madeira. Aliás, todas as residências e hotéis são feitos de madeira, todos tem lareira, e por conseqüência disso, todas as cidades, até as bem pequenas, tem um Corpo de Bombeiros. 


Frutillar


Almoçamos no Clube Alemão, passeamos pela cidade e tomamos um “fofo” chá da tarde na Lavanda Casa de Té, uma graça, no melhor estilo inglês. A alimentação no Chile é bem pequena, nada de pratos gigantes como no Brasil, e nesta casa de chá, a porção para 4 pessoas foi pouca para brasileiros comilões como nós... (para chegar nesta casa de chá tem que pegar um táxi). Voltamos para o hotel.




• 22/07 seg – Pagar pelos passeios em Puerto Varas, pra variar, é caro, então resolvemos alugar um carro e foi a melhor coisa que fizemos, 28 mil pesos por dia, e andar por lá é fácil, bem sinalizado e seguro. Com o carro rumamos para Petrohué Falls, lindo lugar, as quedas se formam com o degelo da neve, adorei! 




Petrohué Falls

Depois seguimos para o Lago de Todos Los Santos, lá tem uns barquinhos que você aluga por tempo, pegamos um por meia hora, 10 mil pesos, só para ter a deslumbrante visão do lugar Ficamos bem aos pés do vulcão Osorno, com vista para o vulcão Pontiagudo, e a Cordilheira dos Andes. Como já era fim de uma tarde nublada, o visual ficou meio “dramático”... lindo!... Voltamos correndo, pois a fome era de leão... lanchamos na Cafeteria Dani, no centro de Puerto Varas, até queríamos comer a famosa “Centoia”, mas no restaurante Miraolas era muito caro, desistimos...





23/07 ter – Desta vez seguimos o lado esquerdo do Lago, uma parte pela ruta, depois por uma vicinal, passamos por plantações , criação de bois e ovelhas, lindas casas e fazendas... muito bucólico. Chegamos a Puerto Octay, uma cidadezinha que parou no tempo, todo o casario do século XIX ou início do século XX. Almoçamos num hotel, o principal da cidade, que mais parecia um "hotel fantasma" de parque de diversões...interessante...rsrs. Voltamos, devolvemos o carro e nos aprontamos para a viagem de volta a Santiago, teríamos uma longa noite, de TURBUS, mas desta vez compramos o chamado “salón-cama” aqui no Brasil seria um “leito”, mas mais confortável, 20 mil pesos. Além desse, ainda tem um mais top que se chama “Premium ou cama”.

Puerto Octay - Lago Llanquehue

• 24/07 qua – Santiago. Desta vez nos hospedamos no bairro Providência, hotel Piso3, excelente localização. O hotel era bem simples, mas tudo bem, tínhamos uma estação de metrô bem em frente, e o maior shopping do país a 200 metros, o Costaneira, sensacional! 


Visitamos o Museu de Bellas Artes, e passeamos pelo centro da cidade, infelizmente o Museu Pré Colombino estava fechado para reforma. Andar de metrô em Santiago é muito fácil, vale a pena se hospedar próximo a um deles... tomamos um té em uma das inúmeras casas espalhadas pela cidade, e jantamos no shopping mesmo .

Los Dominicos - Centro de artesanato em Santiago

• 25/07 qui – Que pena... véspera da volta ao Brasil. Contatamos o mesmo taxista do primeiro passeio, e voltamos ao Valle Nevado para nos despedir da neve, ela estava mais fofa que da primeira vez, nos divertimos muito mais, foi inesquecível. Voltamos a Los Dominicos para fazer compras de suvenires. A noite passeamos pelo shopping, que não se compara a qualquer um daqui em tamanho, cansados, jantamos por lá e voltamos para o hotel e arrumamos as malas.


26/07 sex – Madrugamos e pegamos o vôo de volta ao Brasil... felizes e já saudosos...


Coisinhas que quero ressaltar...rs



• No supermercado vende um chocolate com amêndoas chamado GOLDEN NUSS, para quem gosta de chocolate, é simplesmente delicioso!

•Os pães são muito gostosos, tem vários tipos e com uma manteguinha... hummm, bom demais!

• Nos hotéis (fiquei nos simples) é difícil ter café preto, normalmente tem um sache de nescafé solúvel. Bebe-se muito chá, em todo lugar tem, e são gostosos.


• Há caixas eletrônicos por toda a parte, até nas cidades pequenas e supermercados.


• As cidades são limpas e organizadas, o povo é simpático e prestativo.


• Nas grandes lojas de departamentos, (do shopping Costanera) que são enormes, a presença de produtos chineses é maciça, é difícil encontrar artigos feitos no país.


• O Shopping Arauco é muito bonito, vale uma visita. 


• Os pratos não são muito fartos, não é a toa que o povo é magro, se você é comilão, prepare-se... 


• Compramos aquelas jaquetas impermeáveis ainda no Brasil, foi a melhor coisa, porque nos dias frios, mesmo nas cidades elas protegem bem, nossas roupas aqui do Brasil não aguentam o frio de lá.


• Pescoceiras ou cachecóis são fundamentais.


• A roupa impermeável que alugamos, vai por cima da roupa que você está usando, portanto, vá por exemplo de calça jeans, evite saias, ou short.


• Hahaha... se você tem problemas do tipo TOC de limpeza, é melhor comprar toda a sua roupa de neve, pois as de locação... só fechando os olhos...kkkkkkk. Aliás, dependendo de quantas vezes for até a neve, é melhor comprar mesmo, pois alugar todos os dias não vale a pena...




Mais algumas fotos lindas que a Lia tirou desse lugar incrível.


Frutillar

Osorno

Osorno

Osorno, nascer do sol em Puerto Varas
Llanquerue
Esse foi o roteiro da Lia, que também disponibilizou suas imagens maravilhosas. Se você também tiver dicas de viagem e quiser compartilhar, manda pra mim fabiana.gigli@gmail.com

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Roteiro de 14 dias no Chile

Conhecendo Santiago, Pucon e Puerto Varas com Lia Klimas

Hoje temos uma novidade no blog, a resenha de uma colaboradora! Além das minhas experiências de viagem, acho muito interessante compartilhar também a de outras pessoas. Assim, o blog ganha em informações e diversidade de opiniões.

A Lia Klimas, que arrasa na fotografia, passou 14 dias no Chile, em julho de 2013, com sua familia. Viajou para as cidades de Santiago, Pucon e Puerto Varas e, além do roteiro, traz dicas super legais para você melhorar sua experiência na região.

Como o roteiro do Lia está super completo e com fotografias incríveis, achei melhor dividir o post em dois para não ficar cansativo. 

Aproveitem esse roteiro lindo que já me deixou com vontade de conhecer a região!


Viajamos em família, eu, meu marido e nossos dois filhos de 15 e 11 anos, foi uma linda viagem, que deixou saudade. Abaixo vou tentar descrever nosso roteiro, descobertas, e os prós e contras dessa aventura.


13/07 sáb – saímos de SP rumo a Santiago. Chegamos tarde da noite e pegamos o transfer contratado ainda no Brasil. Nos hospedamos no Hotel Manquehue, no bairro de Las Condes, bairro muito bonito, a uns 500 metros da estação Manquehue do metrô. 


A grande torre de Santiago

• 14/07 dom – Resolvemos comprar bilhetes do TURISTIK, coisa que nos arrependemos muito, pois é muito caro, e pelo horário (11h), não valia mais a pena, pois descemos para almoçar na Bellavista e visitar a Casa de Pablo Neruda (passeio interessante, para os fãs, emocionante!), coisa que levou toda à tarde. O último TURISTIK passa às 17h, portanto, perdemos muito dinheiro. TURISTIK 22 mil pesos por pessoa, um absurdo! 


Casa de Pablo Neruda - La Chascona
• 15/07 seg – Conversamos com a recepção do hotel, que nos indicou um taxista para nos levar a Farellones e Valle Nevado, passando o dia todo a nossa disposição, pelo mesmo preço que o TURISTUR faria para 4 pessoas , foi a melhor coisa que fizemos. Vale lembrar que o aluguel das roupas para neve é bem salgado, alugamos calças, botas e óculos apenas, pois já tínhamos o casaco impermeável, tudo ficou em 80 mil pesos. Eles não alugam luvas, nem gorros, é melhor comprar aqui no Brasil mesmo, pois o que vende na barraquinha em frente à loja é de má qualidade.

Farellones é decepcionante, no dia 15 era uma segunda-feira véspera de feriado no Chile, então o local estava lotado, pagamos 12mil pesos por pessoa por 1h, para descer de tubing. Ok é legal, mas o preço não condiz com o serviço, e era proibido ficar lá dentro pra curtir uma nevezinha (naquele dia, já não tinha neve próximo ao parque) e se caso precisar ir ao banheiro, esqueça, é melhor ir de fraldas, pois o único banheiro próximo é público e levamos 1h para conseguir fazer um xixi honesto. 

Tem um restaurante lá, mas o banheiro deles é só para quem consumir, o parque mesmo não tem banheiro. Saindo de lá, almoçamos num hotel próximo, comida bem mais ou menos, preço bem alto, 10mil pesos em média por pessoa. Em seguida, queríamos ir ao Valle Nevado, só para conhecer, pois não pretendíamos esquiar, nem sabemos.


No caminho, que é lindo demais, percebemos que as pessoas encostam seus carros na estrada e vão brincar na neve grátis! Ahhhh... era isso que queriamos, simplesmente brincar na neve. Então o taxista sugeriu um ponto onde ele costuma ir com a família, e lá fomos, bem aos pés do complexo Valle Nevado, foi sensacional e grátis, o que é melhor! Passamos umas duas ou três horas por lá e subimos até o Valle Nevado pra dar uma pinta de milionários... rsrsrsr ... bonito e tal... fotografamos e voltamos para o hotel.

Valle Nevado
16/07 ter - Feriado em Santiago, Día de la Virgen del Carmen (Nossa Senhora do Carmo). Passamos o dia em Los Domínicos, um lugar com artesanato de todo o Chile, para quem gosta de artesanato, um ótimo lugar. Almoçamos por lá, mas como de costume, 10mil pesos por pessoa, é difícil fugir deste número no Chile. 



Santiago

A noite pegamos um ônibus (TURBUS) com destino a Pucon, umas 8 horas de viagem. Caso faça o mesmo, NÃO compre a passagem mais barata, (nós compramos uma de 10mil pesos, semi-cama). O ônibus é um cacareco velho, péssimo... são preços e acomodações variadas, compre um de média 14mil semi-cama mesmo, de dois andares, é melhor, acredito que seja um ônibus mais novo e mais confortável, foi o que fizemos na volta.

• 17/07 qua – Pucón, a linda e agradável, Pucón! Hospedamo-nos no Hostal Pucon Sur, a proprietária é brasileira, a Ângela, o lugar é muito agradável, fica a uns 800mts do centrinho, que é uma graça. Chegamos muito cedo, e apesar do check in ser as 14hs, a Míriam (gerente do hostal) nos permitiu entrar mais cedo, para uma soneca. Acordamos na hora do almoço, e ela nos indicou o restaurante 77, muito bom, média de preço, os mesmo 10mil de sempre.


*uma coisa muito boa no Chile é que em todos os restaurantes, eles te servem um couvert, geralmente pão com manteiga e um molhinho apimentado grátis, tá embutido no preço, mas... é muito bom pra quem chega morrendo de fome. 
Pucon

Pucon
Passeamos pelo centro de Pucón, babamos no lindo Vulcão Villarrica, e em toda a cidadezinha que é uma graça. A noite nos deliciamos no restaurante e café Cassis, muito bem freqüentado, descolado, com um cardápio gigante, precisa ver o tamanho das tortas... adoramos!

Tortas gigantes do Cassis

18/07 qui – Agendamos um passeio para o vulcão Villarrica (só na base do vulcão), a roupa de neve estava incluída no preço. Passamos no supermercado para comprar uns biscoitos e sucos (todos os supermercados do Chile, por onde passamos eram muito bonitos e modernos), e ficamos por lá umas 3 horas. A neve estava mais parecida com gelo, extremamente escorregadia, fizemos um boneco de neve, e nos divertimos bastante. Voltamos e almoçamos num restaurante que servia carne... ai que gostoso... uma deliciosa tira e um llomo a lo pobre, o melhor da viagem! 

*llomo a lo pobre, é a refeição mais típica de lá, tem em todos os restaurantes.

Vulcão Villarrica





Ojos Del Caburga - Pucon
• 19/07 sex – Fizemos um tour pela região, passando por alguns parques e finalizando na Termas Quimey-co... hummm é bom, mas pra sair da água, um frio de doer a alma... 

• 20/07 sáb – Pegamos um ônibus (JAC, semi-cama) sentido Puerto Varas, 5 horas de viagem, de belíssimas paisagens, paradas em Osorno, Valdívia, entre outras pequenas cidades. Compramos a mesma categoria de acento no ônibus e este estava mil vezes melhor que o primeiro. 



Valdivia
Chegamos a Puerto Varas e fiquei um pouco chateada com a localização do hotel, Millaray Patagônico (reservei pelo Booking), não era tão distante, o problema é que tem uma ladeira enorme entre o centro e o hotel. Tomamos um lanche reforçado no Cassis, vimos o lindo lago Llanquehue com os Vulcões Osorno e Calbuco ao fundo, nesta noite a lua estava cheia, e bem próxima dos vulcões (naquele momento), visão indescritível! Compramos uns lanchinhos no supermercado e rumamos para o hotel dormir.



Entardecer no Lago Llanquehue - Puerto Varas


**Nota da edição:O prato típico do Chile, llomo a lo pobre, ou Carne de Pobre é servido em restaurantes, mas também na gastronomia de rua. Trata-se de um bife de alcatra, com ovos e batatas fritas, como o nosso bife a cavalo.







Credito da Imagem «Lomo a lo pobre Oct 29 2011 Santiago Chile» de Jason Quinn 

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Uma viagem à Portugal com os doces da Casa Mathilde

Doces tradicionais no centro velho de São Paulo



Com essa alta absurda das moedas estrangeiras, pensei numa forma econômica e, acima de tudo, muito gostosa de viajar. E estou inaugurando um espaço no blog para viagens gastronômicas, começando com as delícias da confeitaria de alguns países.

A ideia é apresentar lugares que façam com excelência os doces de cada país, e possam ser encaixados no roteiro de quem vem a São Paulo ou mesmo para quem vive na cidade e queira fazer uma programação diferente. O primeiro país que pensei para iniciar essa “viagem” foi Portugal, e logo de cara encontrei os melhores doces d’além mar.

Casa Mathilde




Se engana quem pensa que o centro velho de São Paulo não tem nada a oferecer em termos gastronômicos. Ao procurar por doces portugueses no Google a primeira opção que me apareceu foi a casa Mathilde. Guardei a sugestão e aproveitei uma visita ao Centro Cultural Banco do Brasil para conferir o lugar.

Antes uma prévia da minha experiência com esse tipo de confeitaria.

Meu marido é de origem portuguesa, e quando estávamos cuidando dos preparativos do casamento, minha irmã teve a ideia de fazer uma mesa só com doces portugueses. Ela tinha uma referência de um restaurante típico e me levou até lá para experimentar os tais doces. 

Provamos alguns tipos de doces, que confesso, nem me lembro mais quais foram, porque sai de lá sem nenhum entusiasmo. Ou seja, o projeto faliu e a festa teve uma mesa de doces tradicionais mesmo.

Então eu cheguei na Casa Mathilde sem muita pretensão de gostar de alguma coisa, de fato. Aí, para não ter uma opinião comprometida por “paladares traumatizados”, levei como reforços minha mãe e minha irmã, assim poderíamos ter uma média de opiniões sobre o local e suas delícias.

 

A história


Fundada em 1850, por Mathilde Soares Ribeiro, a então Fábrica das Queijadas Mathilde ficava em Portugal, no caminho para o Castelo da Pena, no concelho de Sintra, para onde o rei D. Fernando I ia constantemente.

D. Fernando gostava tanto das queijadas de Mathilde que conferiu ao estabelecimento o título de fornecedora da Casa Real, dando a ela um carimbo metálico para que os pacotes destinados ao castelo fossem devidamente marcados.


O local


A Casa Mathilde fica na Praça Antonio Prado, a poucos passos do prédio da Bolsa de Valores e próxima ao Mosteiro de São Bento.

Você consegue ver o "Banespão" em frente da doceria
O salão principal é bem grande, com sofás e mesas baixas na lateral, além dos expositores dos doces, e conta ainda com dois mezaninos, com mesinhas e cadeiras.

A decoração é super clean e em nada lembra uma casa típica portuguesa.
 
Salão principal


Os doces


Olha, eu realmente não sabia que existiam tantos doces na culinária portuguesa. Pasteis de São Bento, Travesseiros de Sintra, Nozes de Calamares, tudo isso foi novidade para mim. Mas, engana-se quem pensa que é possível fugir da tradicional base de ovos que envolve todos eles. Em alguns, o sabor é bastante pronunciado, e pode não agradar a quem não é fã desse ingrediente.


Para que todas pudessem provar todos os doces e chegarmos a um consenso sem comprometer os níveis de colesterol, fizemos uma seleção variada e todas comeram todos os doces.  O tradicional pastel de nata, conhecido também como pastel de Belém, pastel de Santa Clara, pastel de São Bento, travesseiro de Sintra e Nozes de Calamares.

Nozes de calamares, pastel de nata e pastel de Santa Clara. No outro pratinho, pastel de São Bento e travesseiro de Sintra.


Esqueça tudo o que você sabe sobre o pastel de nata, principalmente as versões das lanchonetes de rede. Aqui ele vem com um recheio delicioso, sabor baunilha, com açúcar na medida certa.

O pastel de São Bento é bem parecido com o de nata, mas tinha um gostinho diferente e fez muito sucesso conosco, depois fui conferir e vi que ele tem amêndoas no recheio. Em todos eles, é impossível não reparar na massa fininha e deliciosa.


O que mais me surpreendeu foi o travesseiro de Sintra. Foi uma novidade com sua massinha super leve e quebradiça e o creme com o sabor também muito delicado.


Os menos aplaudidos foram o pastel de Santa Clara que, embora tivesse uma massa muito fininha, que se desmanchava na boca, era muito pequeno e bem doce. E as nozes de calamares. Ambos com sabor muito pronunciado de ovos, mesmo para mim que não tenho problemas com esse ingrediente.


Além dos doces incríveis, a "doçaria" tem também salgados de vários tipos, pães caseiros em muitos formatos e o tradicional pão-de-ló, apresentado assim mesmo, só com a massa, para você levar para o seu café da tarde.


É possível também levar para viagem, e a embalagem é tão fofa que você pode até dar de presente, claro, com vários doces! Nessa hora, pode lembrar da "fofa" que deu a dica....



Não vejo a hora de arrumar uma desculpa para ir até o centro novamente e poder provar as outras delicias dessa casa linda, uma pérola em pleno caos do centro velho de São Paulo








Serviço
Casa Mathilde – www.casamathilde.com.br
Praça Antônio Prado, 76
Horário de funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 9h às 19:30h.
Aos sábados das 9:30h às 16:30h.

Fechado aos domingos