A falcoaria é definida como a arte de criar e treinar aves de rapina para a caça de outras aves e pequenos animais. A prática é milenar, e sem data e local de origem confirmados, mas tornou-se muito comum na monarquia medieval europeia e no Japão. É reconhecida como patrimônio cultural imaterial da humanidade pela UNESCO.
No Brasil, a falcoaria é utilizada para a reabilitação de animais vitimas de contrabando, atividades de educação ambiental e também para o controle de aves nas áreas próximas aos aeroportos.
Nossa experiência
Quando definimos nossa passagem por Pomerode, me lembrei que uma prima havia tido essa experiência com a falcoaria e encontrei a ArtFalcon, comandada pelo falcoeiro Michel Valen.
Agendamos um horário e a expectativa era grande para termos contato com a corujinha Spy. O ponto de encontro foi o portal turístico da cidade e de lá seguimos, junto a outros participantes, para um campo de futebol que fica na área rural, onde aconteceria a apresentação.
| A corujinha fofa Spy |
Os participantes foram divididos por família, cada qual numa ponta do campo, de forma que foi possível manter a privacidade de cada um e também promover um belo espetáculo de voo das aves entre cada grupo.
As aves são soltas e pousam em árvores ou coberturas e ficam aguardando o chamado do instrutor, que coloca uma pedaço de carne na luva de couro para atrair sua atenção.
A apresentação começa com Horus, um gavião asa de telha que obedece prontamente aos comandos do Michel. Além da interação com as aves e o show de voo que elas dão, também aprendemos sobre seus hábitos alimentares, expectativa de vida e origem. O Michel nos disse que o treinamento feito com a falcoaria estabelece um vinculo muito forte com as aves, já que elas vêm no falcoeiro um companheiro de caça.
Antes de fazer esse passeio fiz uma pesquisa sobre as condições em que viviam essas aves ou alguma questão que envolvesse a exploração dos animais. De fato, não existe muito material nesse sentido, mas acho interessante contar aqui exatamente o que vi.
As aves chegam ao local em caixas de transporte, tipo aquelas usadas para cães ou gatos. No começo fiquei desconfortável, mas os lugares não eram pequenos e o trajeto é bem curto, já que a cidade é minúscula. Os gaviões são soltos e tem a liberdade de voar para onde quiserem, tanto que assim que saiu da caixa o Horus voou para o topo de uma árvore e, provavelmente, avistou uma presa, pois demorou um pouco para querer descer para junto das pessoas.
Ao final da apresentação, o restante do grupo foi embora e nós fomos ficando para aproveitar mais tempo com a corujinha Spy e aconteceu uma coisa muito engraçada. Um dos gaviões foi para o alto de uma árvore e não queria descer para o instrutor por nada. Nós até tentamos ajudar, mas depois de cerca de 20 minutos fomos embora e acabamos encontrando o carro do Michel no meio do caminho alguns minutos depois. Esse "incidente" me deu a sensação de que as aves podem ir embora se quiserem.
Com crianças
Minha filha amou a experiência de chegar perto, tocar e interagir com as aves, mas como todo mundo, achou a corujinha Spy a mais fofa. Como os gaviões possuem uma aparência menos amistosa, ela preferiu não pegar, mas também não teve medo. Em nenhum momento houve qualquer situação em que eu tenha tido medo por ela, foi tudo muito tranquilo.
Serviço
A ArteFalcon possui excelentes avaliações no TripAdvisor. Você consegue verificar a disponibilidade lá no Portal Turístico, mas é interessante agendar seu horário por e-mail ou telefone. Ou ainda, consultar a página deles do Facebook
artfalconbrasil@hotmail.com
(47) 9966-2829 ou 3394-8172
as fotos são tiradas pelo Michel?
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